O NOSSO TEMPO

tenho aprendido com o tempo,
que a felicidade vibra,
na frequência das coisas mais simples...
como a doçura contente de um cafuné sem pressa...
como os instantes que repousamos os olhos em olhos amados...
como aquele poema que parece
que fomos nós que escrevemos...
como o toque da areia molhada sob os pés descalços...
como o sono relaxado e tranquilo
que põe todos os sentidos pra dormir...
como a presença da intimidade legítima e verdadeira...
como o banho bom que devolve forças ao corpo...
como o cheiro de quem se ama...
como essas coisas...
como outras coisas...

simples assim...

como o nosso amor...

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Perfeição...


Para viver de verdade,
pensando e repensando a existência,
para que ela valha a pena,
é preciso ser amado; e amar;
e amar-se.
Ter esperança;
qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto,
sem rebeldias insensatas
mas sem demasiada sensatez.
Saborear o bom,
mas aqui e ali enfrentar o ruim.
Suportar sem se submeter,
aceitar sem se humilhar,
entregar-se sem renunciar a si mesmo
e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso
apaga-se a última claridade
e nada mais valerá a pena.
Escapar, na liberdade do pensamento,
desse espírito de manada
que trabalha obstinadamente
para nos enquadrar,
seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça
seja, a cada momento,
o melhor que afinal se conseguiu fazer.



Lya Luft
by


quarta-feira, 1 de julho de 2015

A felicidade...


a felicidade não é um objeto,
nem o atributo de um objeto,
você pode ser feliz
em qualquer lugar,
você pode ser infeliz
em qualquer lugar,
a felicidade,
portanto,
não depende de estar ou não
num dado lugar,
a mente não é felicidade,
nem há um lugar chamado felicidade,
porém,
há algo que é felicidade sim:
você mesmo,
você precisa aprender
a como conhecer essa felicidade,
precisa conhecer a si mesmo...